Inspirados no capítulo 6 do evangelho de João em seus 71 versículos, será que podemos atravessar para a outra margem e ver o mundo sob os olhos daqueles que nos rodeiam?
João começa seu relato contando que Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia e, a partir de lá, desencadeia um movimento inspirador: não podemos nos limitar a ver as coisas a partir das margens conhecidas. É preciso deslocar-nos para a outra margem, para ver as coisas sob outra perspectiva, com um olhar mais amplo.
Quando fazemos a travessia nos deixamos envolver pelo novo, questionamos nossa própria visão e compreensão da vida e abrimos a possibilidade de nos enriquecermos com outros pontos de vista.
O Evangelho não é para acomodados ou para aqueles que tem medo de fazer a travessia. Ele nos ajuda a fazer estrada, a viver em atitude de saída. Sair dos lugares conhecidos, rotineiros, estreitos e a nos abrirmos às surpresas dos lugares novos.
Nesta ocasião Jesus ensina que a dinâmica do Reino é a arte de compartilhar. Talvez todo o dinheiro do mundo não seja suficiente para comprar o alimento necessário para todos os que passam fome… O problema não se soluciona comprando, o problema se soluciona compartilhando. O pão nas mãos de Jesus era pão para ser partido, repartido e compartilhado. O pão armazenado, como o maná no deserto, se corrompe, apodrece.
trechos do artigo de Adroaldo Palaoro publicado no site do Centro Loyola, espiritualidade, fé e cultura
